NOTA DE REPÚDIO: GOVERNO ZEMA ANUNCIA A PARALISAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR E CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, conseguiu o que parecia impossível: tornar o cronograma de pagamento do 13º salário do funcionalismo público ainda pior para os militares.
O direito, que seria quitado em 11 vezes, agora será pago em parcelas gradativas, da seguinte maneira: R$ 300 em fevereiro, março e abril. Em maio e junho, a quantia será de R$ 400, enquanto em julho o valor será de R$ 500. Em agosto a parcela será de R$ 600 e em setembro, de R$ 800. Tal modelo prejudica sobremaneira os militares.
Inicialmente, é preciso deixar claro que o trabalho dos policiais e bombeiros militares é diferente de todos os outros. A esta categoria são vedados direitos trabalhistas básicos, além de arriscarem suas vidas todos os dias em prol de uma sociedade mais segura e pacífica.
A tragédia ambiental ocorrida em Brumadinho ilustra bem a afirmativa. O país, e o mundo, acompanham o difícil trabalho dos bombeiros militares na tentativa de minimizar os danos causados pelo rompimento da barragem naquele município. São verdadeiros heróis de farda.
Mesmo com salários atrasados, os bravos policiais e bombeiros militares continuam cumprindo o seu dever com excelência e abnegação. Agora, o cronograma apresentado caiu como mais um tapa na cara da classe militar, que vem sendo desprezada nos últimos anos em Minas Gerais.
Por outro lado, o alto escalão do estado já recebeu o 13º e teve seus salários reajustados, enquanto os servidores que defendem a sociedade se afundam em dívidas por não receberem o que lhes é de direito.
O anúncio, portanto, é uma tragédia anunciada. Enquanto associação da classe, estaremos empenhados junto à tropa para mudar esse quadro. Contamos também com os Comandos das Corporações nesse enfrentamento, pois eles sabem das peculiaridades e dificuldades da nossa profissão.
Caso o Governo não volte atrás, partiremos para a paralisação das atividades, com a finalidade de demonstrar a importância dos militares para a tranquilidade do estado. E se resolvermos cruzar os braços, certamente o caos será instaurado no estado.
Sabemos de nossa missão e estamos dispostos a continuar a defender o povo mineiro, mas não admitiremos um cenário ainda pior para as nossas famílias. Se o governador quer enfrentar a primeira crise do seu governo, é ele mesmo quem está acendendo o pavio da bomba, que está prestes a estourar.
A nossa predisposição para a luta é a mesma, continuamos mobilizados e faremos uma grande manifestação no próximo dia 22/02, em Belo Horizonte. A expectativa é de que o governo volte atrás nessa lamentável decisão pelo bem dos cidadãos de Minas Gerais.
As próximas ações serão divulgadas em momento oportuno.
Atenciosamente,
Sargento Marco Antônio Bahia
Presidente da ASPRA/PMBM