SERVIDORES DA SEGURANÇA PÚBLICA VÃO ÀS RUAS PARA COBRAR DIREITOS SALARIAIS
Os servidores da segurança pública do Estado de Minas Gerais fizeram um movimento reivindicatório na tarde desta quinta-feira, 13/12, em Belo Horizonte, para pedir a quitação do 13º salário e protestar contra a escala de pagamento de dezembro.
A concentração teve início às 14h, na Praça da Liberdade, e os manifestantes seguiram em passeata até a Praça Sete, coração da capital mineira, onde queimaram caixões em sinal de descontentamento em relação à política que vigora no estado.
Desde 2016 a categoria tem os seus salários atrasados e parcelados, além de corroídos, uma vez que também não houve correção inflacionária no período. No mês de dezembro, a escala foi ainda pior.
Inicialmente, o governo do estado anunciou o pagamento em duas parcelas, sendo a primeira de apenas R$ 2.000,00 e o restante depois do Natal, no dia 28/12. Com a pressão das entidades e parlamentares da classe, foi anunciado o pagamento em três parcelas: R$ 2.000,00 no dia 13/12; R$ 2.000,00 no dia 21/12 e o restante no dia 28/12. No entanto, nada foi divulgado em relação ao pagamento do 13º salário.
Nesse contexto caótico, o movimento que se iniciou entre os policiais militares ganhou adesão de outros profissionais de segurança, como os policiais civis, agentes penitenciários, socioeducativos e do sistema prisional. Servidores públicos de áreas distintas também ombrearam na luta por seus direitos.
A Aspra/PMBM - uma das organizadoras do ato público – foi representada na ocasião pelo diretor jurídico, Subtenente Heder Martins. De acordo com ele, o governo atual desrespeita os militares dede o início da gestão. “Estamos a vinte dias de colocar esse governador para fora pela porta dos fundos”, afirmou.
Heder acrescentou que o governador eleito do estado, Romeu Zema, também preocupa a categoria, especialmente devido à equipe de transição que escolheu. “Isso já denota o desprezo que ele tem por nós. Como um governo que assume o segundo maior estado da nação não conta com chefes das Polícias Militar e Civil em seu estafe?”, indagou.
O deputado Subtenente Gonzaga fez um alerta no mesmo sentido, que o próximo governo pode ameaçar direitos importantes dos policiais, inclusive os previdenciários. “Precisamos nos organizar no primeiro dia para fazermos uma resistência organizada e constante, sem data para acabar. Não podemos retroceder”, declarou o parlamentar.
Por fim, o diretor jurídico da Aspra/PMBM garantiu que a mobilização continua entre os militares e reiterou o compromisso da associação continua comprometida com os seus associados.