Sáb, Nov 23, 2024

O IPSM VALE UMA GUERRA

O IPSM VALE UMA GUERRA

“ O IPSM VALE UMA GUERRA”, esta frase resumiu o sentimento dos policiais e bombeiros militares e pensionistas que acompanharam na tarde de ontem, 16 de março, a audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que tratou das irregularidades em relação a não liberação de órteses, próteses, medicamentos, como também tratamentosmédicos aos segurados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, pensionistas e dependentes do Instituto de Previdência dos Servidores Militares do Estado de Minas Gerais (IPSM).

Usuários do sistema da capital e do interior oriundos de Uberaba, Bom Despacho, Juiz de Fora, Montes Claros, Unaí entre outros municípios mineiros vieram trazer suas demandas em relação a saúde dos militares e seus dependentes em suas cidades e principalmente pedir esclarecimentos quanto às dificuldades na criação de convênios no interior que atendam mesmos.

O Diretor-Geral do IPSM, CoronelPM QOR Márcio dos SantosCassavari, explicou que a dificuldade em criar novos convênios está na maioria dos casos a falta de interesse dos profissionais devido a burocracia exigida como ser pessoa jurídica: “ Muita das vezes este profissional é o único na cidade, e para ele não existe o interesse em se tornar pessoa jurídica, ou seja, um microempresário, uma vez que o mesmo atende toda cidade e região”, explicou o oficial.

Quanto as denúncias de que o governo não estaria repassando as verbas, coronel Cassavari disse não ser bem assim, que os recursos recebidos são suficientes para manter a rede orgânica: “Quando assumi o instituto em março de 2015 havia no caixa cerca de 600 milhões de reais, o governo solicitou que gastássemos este montante primeiro. Em setembro de 2015 trabalhamos em sistema de caixa, ou seja, o governo repassa recursos à medida que são solicitados” afirmou o diretor do IPSM.

Presente também na audiência, o diretor de Saúde da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, Coronel Vinícius Rodrigues de Oliveira Santos, falou sobre a atuação do IPSM e a rede orgânica ( HPM, NAIS e Centro Odontológico): “O instituto seria responsável pela saúde complementar que são os convênios, porém a realidade é outra, uma vez que o governo não repassa um centavo para o hospital da Polícia para as suas despesas, a não ser o pagamento dos seus servidores. No interior a falta de convênios não se dá por falta de ações, mas os profissionais não querem fechar convênios ou cobram valores absurdos, o que inviabiliza a administração financeira. É necessário investir nas estruturas físicas da rede orgânica e criar novas Nais que atentam no interior” esclareceu o DS, Coronel Vinícius.

Representantes do Secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, o subsecretário de Planejamento, Orçamento e Qualidade do Gasto, Ricardo Lopes Martins, e o superintendente central de Administração Financeira, Geber Soares de Oliveira, foram unanimes ao afirmarem que o atraso dos repasses se deve a crise que o estado e o país têm enfrentado.

O presidente eleito da Aspra, sargento Marco Antônio Bahia Silva, afirmou que o IPSM é intocável, é o patrimônio da família policial e bombeiro militar: “ O instituto surgiu através de um grupo de sargentos que inconformados com o descaso do governo com os policiais militares criaram o nosso valoroso Instituto de Previdência dos Servidores Militares do Estado de Minas Gerais. Ele não pertence ao governo, ele é nosso! Por ele lutaremos até as últimas consequências” assegurou sargento Bahia.


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