MASSACRE NO AMAZONAS EVIDENCIA O CAOS DA SEGURANÇA PÚBLICA
O ano de 2017 tem um início trágico no Brasil. Aconteceu no último domingo, 01/01, uma violenta rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), situado à BR-174, no estado do Amazonas.
Motivada por rivalidades internas entre as facções Família do Norte (FDN) e Primeiro Comando da Capital (PCC), a confusão deixou mais de 50 mortos, muitos corpos esquartejados e favoreceu a fuga de diversos criminosos. Trata-se do maior massacre ocorrido no sistema prisional daquele estado.
O presidente da Aspra/PMBM, sargento Bahia, lamentou o ocorrido e apontou que a tragédia é reflexo da falta de investimento e de cuidado do governo federal com a segurança pública no país. De acordo com Bahia, o tema não é priorizado pelos gestores e não recebe o espaço e a atenção de que necessita.
“O Estado não pode permitir que tantos presidiários morram sob a sua custódia. Aos transgressores, cabe a justa punição. A situação é tão absurda que não se descarta a denúncia e intervenção junto à Organização das Nações Unidas (ONU)”, esclareceu.
A tragédia serve de alerta também para o Governo de Minas Gerais, no que diz respeito a uma possível instalação do Primeiro Comando da Capital (PCC), já que o estado possui extensa fronteira com São Paulo.
Para sargento Bahia, a negligência em relação à área ainda fará muitas vítimas, caso o assunto não receba a agenda adequada. “O governo insiste em ignorar a importância de um país seguro e quem sofre as consequências é a sociedade”, argumenta. O presidente da Aspra defende a criação de um Ministério da Segurança Pública como meio de valorizar e tratar o tema de forma correta.